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Ágatha Bednarczuk Rippel

22 de junho de 1983

Curitiba, PR

1992

Vôlei de Praia

Biografia

"Eu tinha tanta vontade de ser atleta que eu acho que fui rompendo barreiras, entendeu? Eu fui desafiando, porque eu nunca fui a atleta mais alta, nunca fui a atleta mais forte, mas com certeza eu fui a atleta mais determinada!"

Ágatha Bednarczuk nasceu em Curitiba, mas cresceu em Paranaguá, cidade próxima da capital paranaense. Desde pequena gostava muito de esportes, provavelmente pela influência da família. Seus pais se conheceram em uma partida de vôlei, seu pai jogando e sua mãe na torcida. E sua tia lhe contava história da época que jogava na seleção do Paraná.

"Me abrilhantava os olhos quando eu escutava, achava muito legal, e pensava: 'nossa, também quero viver essas coisas'."

Aos 10 anos, viu um flyer de uma escolinha de vôlei que havia acabado de abrir na cidade. Ela e sua turma se empolgaram e se inscreveram. Foi o primeiro esporte que começou a praticar com mais seriedade e não demorou muito para se apaixonar por ele.

Em 1996, assistiu ao jogo de vôlei de quadra das brasileiras contra as cubanas, nas Olimpíadas de Atlanta. Ficou maravilhada. Todas as jogadoras que ela era fã ali reunidas, em um jogo emocionante. As brasileiras perderam, ficaram com o bronze, mas Ágatha diz que elas mereciam o ouro. Foi nesse momento, aos 13 anos, que decidiu que era isso que faria da vida.

"Quando eu vi aquele jogo, quando eu vi aquela Olimpíada, eu falei: 'é isso que eu quero para a minha vida, quero jogar uma Olimpíada, quero representar meu país. Eu quero viver isso'."

Continuou jogando, no vôlei de quadra, até os 18 anos. Chegou a jogar na seleção paranaense, mas queria se destacar mais como atleta. Era uma esportista boa, mas não achava que tinha o potencial suficiente para jogar pelo país.

Descobriu o vôlei de praia por acaso, quando uma amiga a chamou para jogar uma partida na praia, durante suas férias em Paranaguá. No começo, achou estranho, pois sempre se imaginou jogando na quadra. Mas começou a jogar e se deu bem, chegou aos pódios sempre que competia na areia. E logo percebeu que essa era uma grande chance para se destacar como atleta.

"Eu vi que no vôlei de praia eu poderia crescer mais do que no vôlei de quadra. No vôlei de quadra eu não fui aquela superatleta. Eu fui uma atleta boa, não fui uma atleta ótima. E no vôlei de praia eu vi essa chance de ser uma superatleta."

Sua intuição não falhou. Com uma grande carreira e depois de inúmeras medalhas e competições, realizou seu sonho de competir nas Olimpíadas, em 2016, no Rio de Janeiro. Ágatha e Bárbara, sua dupla na época, surpreenderam a todos, levando a medalha de prata, mesmo não sendo as favoritas da temporada. Ela diz que muito da sua energia veio da torcida brasileira e de jogar em casa, com as pessoas que ama assistindo de perto.

"Eu sou uma jogadora que ama estar com a torcida. Isso já faz parte de mim, eu adoro fazer um ponto e vibrar com a torcida. Então, jogar em casa, pra mim, foi aquele combustível a mais. Era uma alegria estar ali, eu sentia aquela energia."

Agora, ela se prepara para Tóquio, onde quer conquistar a medalha de ouro. Para alcançar esse objetivo, ela mantém uma rotina intensa de treinos, com dois treinos por dia, seis vezes na semana. Alimentação regrada e acompanhamento médico também fazem parte do dia a dia da atleta, ou melhor, da dupla.

Ágatha e Duda, sua parceira atual no esporte, passam muito tempo juntas, treinando e competindo. Por isso, ela conta que a relação da dupla tem que ser muito boa, tanto no jogo quanto fora. Apesar da diferença de idade (Ágatha é 15 anos mais velha), elas se dão muito bem, quase se complementam. Enquanto Ágatha possui mais experiência, maturidade e calma, Duda traz força física e muita garra na hora da partida. Juntas há quase cinco anos, essa é uma das parcerias mais duradouras da vida da atleta. E ela espera que não acabe tão cedo, pois ela não tem planos de se aposentar logo.

"Eu acho que a vida do atleta é tão apaixonante e tão intensa. Eu amo muito o que eu faço, e acho muito difícil pontuar uma idade em que eu vou parar. Mas estou indo para os meus 38 anos, indo para mais uma Olimpíada e me sentindo superbem. Sinto que ainda estou progredindo e tenho a mente aberta para estar aprendendo."

Segundo a atleta, o segredo de estar jogando há tanto tempo e com tanta energia é o amor que ela possui pelo esporte. Ela diz que nunca pensou em desistir do vôlei, sua grande paixão, e é grata por todos os momentos que ele proporciona.

"Eu dou muito valor ao meu dia a dia. De treinar com muito prazer, realmente valorizar aquele dia. Que maravilha, eu tenho a chance de fazer o que eu amo. Mesmo estando muito cansada, eu sempre lembro disso, que não é todo mundo que tem a chance de fazer o que ama."

Além do esporte, ela se dedica ao seu projeto social, o projeto Ágatha, em Paranaguá, cidade onde começou a treinar. O esporte transformou sua vida, por isso, ela quis que outros jovens pudessem ter a oportunidade que ela teve. Mesmo que não cheguem a ser atletas profissionais, ela acredita que o esporte ensina valores e lições importantes, que as pessoas levam para vida toda.

"Eu vejo o esporte como uma ferramenta enorme na socialização das pessoas. É incrível como os valores do esporte fazem com que aquela criança, aquele adolescente realmente cresça. Entendendo cada vez mais seu espaço, respeitando o próximo, fazendo amizade, aprendendo os valores da disciplina e do treino. Que quando se esforça, há resultado e que muito está na sua própria mão."

Agora, estamos na torcida para as Olimpíadas e dos próximos passos da atleta!

"Acho que toda a história de um atleta de alto rendimento tem muita coisa legal para ser dividida. Quem sabe um livro no futuro? Pode ser. Mas, por agora, te convido a continuar acompanhando as próximas páginas em branco. Acredito que coisas muito boas ainda estão por vir!"

Curiosidades

  1. Faço mergulho com cilindro
  2. Já joguei numa quadra de vôlei de areia que ficava em cima da água, na Noruega
  3. Já viajei 15 vezes para a China, pra competir
  4. Tenho medo de altura
  5. Eu só como doces nas férias
  • 2010

    1º Lugar

    Etapa do Brasil do Circuito Sul-Americano

  • 2011

    1º Lugar

    Etapa do Chile do Circuito Sul-Americano 2011/2012

  • 2013

    1º Lugar

    Etapas de João Pessoa, Maceió e Brasília do Circuito Brasileiro 2012/2013

  • 2014

    1º Lugar

    Open Puerto Vallarta México

  • 2014

    2º Lugar

    Grand Slam Long Beach EUA

  • 2014

    1º Lugar

    Etapas de Guarujá, São Luís e João Pessoa do Circuito Brasileiro 2013/2014

  • 2015

    Medalha de Ouro

    Copa do Mundo Holanda

  • 2015

    Medalha de Bronze

    World Tour Finals EUA

  • 2015

    Melhor jogadora do Campeonato Mundial

  • 2016

    Medalha de Prata

    Jogos Olímpicos Rio

  • 2017

    1º Lugar

    Etapa de João Pessoa do Circuito Brasileiro 2016/2017

  • 2017

    1º Lugar

    Etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial

  • 2017

    2º Lugar

    Etapa de Fort Lauderdale (EUA) do Circuito Mundial

  • 2017

    Medalha de Bronze

    Etapas de Moscou (Rússia), Haia (Holanda) e Olsztyn (Polônia) do Circuito Mundial

  • 2018

    1º Lugar

    Circuito Mundial

  • 2018

    1º Lugar

    World Tour Finals

  • 2018

    Esportista do ano e Jogadora mais inspiradora

  • 2019

    1º Lugar

    Etapas de Ostrava (República Tcheca) e Tóquio (Japão) do Circuito Mundial

  • 2019

    1º Lugar

    Etapa de Campo Grande do Circuito Brasileiro 2018/2019

  • 2020

    1º Lugar

    Etapa de Vila Velha do Circuito Brasileiro 2019/2020

  • 2021

    1º Lugar

    Etapa de Saquarema do Circuito Brasileiro 2020/2021

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