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Ana Marcela Jesus Soares da Cunha

23 de março de 1992

Salvador - Bahia

2012

Maratona Aquática

Biografia

“Eu amo a maratona aquática e toda vez que eu estou no mar competindo é como se eu estivesse em casa. É um momento só meu, onde me sinto livre, me sinto bem e no meu habitat. Quando estou no mar é um momento muito feliz para mim, passa um filme na minha cabeça sobre tudo que eu já passei pela minha vida e o que fiz para chegar até aqui.”

Ana começou a nadar aos dois anos de idade, na creche que frequentava. Em 2001, passou a treinar no Clube Olímpico de Natação em Salvador e, em 2007, se transferiu para a Universidade Santa Cecília (UNISANTA), em Santos. Ana sempre teve o apoio da sua família e principalmente dos seus pais, para ingressar no esporte.

“Meu pai e minha mãe foram os principais motivadores para eu ingressar na maratona aquática. Minha mãe já fez ginástica rítmica e meu pai foi nadador. O esporte sempre esteve dentro de casa e eu sempre tive uma paixão pela natação. Minha família no geral, meus avós e meus tios também sempre me apoiaram. Nos finais de semana que meus pais não podiam me levar para o treino, meu avô me levava.

Sua primeira prova foi uma travessia no Porto da Barra, em Salvador. A distância foi de 500m e ela tinha por volta de 9 anos. Pela seleção brasileira, a primeira prova foi em piscina, quando ela tinha apenas 12 anos. Foi o Multination, na ilha da Madeira.

“Eu dou muita importância para cada competição que eu faço e ter sido campeã olímpica sempre foi um sonho, mas olhando para trás e lembrando da primeira prova que eu fiz na vida, onde tive a sensação de competir e saber o que é maratona e onde tudo começou, foi um passo muito importante para eu continuar nesse esporte e descobrir essa paixão. Minha primeira prova e o ouro olímpico foram os campeonatos mais importantes para mim.”

Ana ganhou a medalha de bronze no mundial da categoria e foi campeã do circuito Copa do Mundo, em 2010. Com isso, foi eleita pela Federação Internacional de Natação (FINA) a melhor nadadora de águas abertas da temporada, quando também ganhou o prêmio Brasil Olímpico.

Em 2015, Ana se tornou bicampeã mundial da prova da Maratona Aquática de 25 quilômetros. Aos 23 anos de idade, Ana Marcela Cunha se tornou a mulher brasileira com mais medalhas obtidas em campeonatos mundiais de esportes olímpicos.

“A maratona aquática me escolheu. Eu sempre tive bons resultados no mar e na piscina, desde muito pequena. Mas eu sempre tive muito contato com o mar e foi isso que me levou a ir para a maratona aquática. Eu nunca parei para pensar em ser uma atleta profissional, as coisas foram acontecendo naturalmente. Eu fui competindo, ganhando e comecei a ficar visada pelos clubes. Só depois de um tempo que eu fui enxergar que o que eu fazia se tornou uma profissão.”

No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2019, Ana Marcela conquistou a medalha de ouro nos 5 e 25 quilômetros. As conquistas a tornaram a maior medalhista da história da competição.

Nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 fez história conquistando a primeira medalha de ouro do Brasil na prova de 10 quilômetros em Pan-Americano, também era uma das únicas medalhas que Ana Marcela não tinha.

“Eu ainda almejo ser campeã mundial nos 10km, que é algo que eu ainda não consegui, mas se um dia eu parar de competir e não conquistar esse título, não vai fazer muita diferença na minha carreira. Sou uma atleta que já ganhou tudo que tinha e podia, com uma carreira muito consolidada.”
Uma das maiores vitórias de Ana foi a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.

“Muitas coisas aconteceram na minha vida antes de eu conseguir o tão sonhado ouro olímpico. Eu fui para os meus primeiros Jogos Olímpicos em 2008, eu tinha 16 anos e fiquei em 5º lugar.

Eu estava cotada para as olimpíadas de 2012, até com chances de medalha, mas não me classifiquei e foi um grande choque para mim. Eu tinha 20 anos. Foi nesse momento que eu decidi que era aquilo que eu queria para a minha vida, eu queria um ouro olímpico, queria ser campeã e coloquei isso na minha cabeça.

Em 2016, nas Olimpíadas do Rio, eu era a favorita, eu já tinha a maioria das minhas grandes vitórias, tinha conquistado muitas medalhas em campeonatos mundiais, mas infelizmente eu terminei em 10º lugar.

Só em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, eu senti que ali era o meu momento e era minha vez, eu acreditei muito nisso. Nenhuma das minhas adversárias passou por todo o processo que eu passei, de não ser classificada e de perder em casa. Eu tinha tudo aquilo guardado em mim e eu queria mostrar para mim mesma e para minha família, não para os outros competidores, que era possível fazer aquilo. Eu não desisti, toda vez que eu perdia, eu não abaixava a cabeça, olhava meus erros e tentava não errar de novo. A consistência e maturidade que eu adquiri foi o que me fez ganhar o ouro olímpico, foi a minha vez e o meu momento.

Se eu tivesse que deixar uma mensagem para as pessoas, seria que nunca desistam dos seus sonhos, por mais impossível que pareça em alguns momentos. Se você batalhar e acreditar que pode, VOCÊ PODE!”

Em 2022, em mais um Mundial de Esportes Aquáticos, Ana se tornou campeã mundial pela 7ª vez, se tornando a maior nadadora aquática do mundo e da história da modalidade!

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